quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pense comigo...


Esse texto é da minha querida amiga Vanessa Machado.. tomei a liberdade de postar aqui no meu blog porque é uma situação em que TODOS passam ou já passaram.. e eu achei fantástica a forma de como ela descreveu isso. Então lá vai:







"Estive aqui pensando seriamente, e bolei o seguinte raciocínio:
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o próprio tiririca, nosso querido Deputado federal, mesmo não sendo Cristão, já entendia mais de santidade e exortação do que muito crente... ele cantou assim:
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"Florentina, florentina, florentina DE JESUS. NÃO SEI se tu me amas, PRA QUE TU ME SEDUZ ????"
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Nada como ser uma Florentina, porque não tem nada melhor do que ser de Jesus. Mas e essa segunda parte? Será que nós temos esse direito, o de mexer tanto com o sentimento do outro, com o olhar, com o afeto?
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Cara, se você é crente, e já tem entendido isso, eu digo que não temos esse direito.
Se você está de olho numa pessoa, pare pra pensar seriamente nas suas intenções. Elas são boas o suficiente para ambos? Elas estão abaixo do Senhorio de Cristo?  Você tem intenção de desenvolver um relacionamento a longo prazo com essa pessoa? Ou é mero egoísmo da sua parte, de se satisfazer com ela, por ego, carência ou vaidade e depois jogar ela fora, simplesmente dispensar, como se ela fosse um objeto...? E se a gente sem perceber, se envolve até o pescoço, e quando vê, já está todo enrolado? O que fazer? Primeiramente, eu diria a direção do crente, VAI ORAR! Mas se afaste primeiro. Se não fica muito fácil de a gente distorcer aquilo que Deus diz, pra aquilo que a gente quer ouvir. Busque direção em tudo. Relacionamentos são coisas muito sérias pra gente sair brincando. Trazem conseqüências muitos sérias, e que são pra vida toda. Existem níveis de relacionamento que a gente desenvolve pra vida toda. Você está realmente pronto, preparado, disposto a isso?

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Se você não quer nada sério, não seduza as pessoas. Não se aproxime desse jeito, não se envolva. Nem com segundas, nem com terceiras intenções. Ou nem que você não acredite em Deus, mas simplesmente pelo respeito que essa pessoa merece.
Você gostaria que fosse com você? Pense bem.
Brincar com os sentimentos dos outros não está certo, e pode machucar de um jeito muito sério. Fazer isso sem ter consciência é uma coisa, e nos cabe uma instrução. Se for por sacanagem, acorda velho! De qualquer forma... isso tem um nome.
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PRA DEUS, ISSO SE CHAMA DEFRAUDAÇÃO. 
E É PECADO.
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Quando eu me entreguei a Deus, ainda não entendia muito bem de tudo isso. Achava que Deus podia cuidar de um todo, e eu de certas áreas específicas. Tava beleza. Foi ae que Deus mostrou que queria me guiar na área dos relacionamentos também, e confesso que eu levei um susto; fiquei meio indignada (leia-se bem indignada).
A minha conversão foi marcada por grandes provas de amor do meu Criador. E de formas tão irresistíveis, tão amáveis e tão lindas, que não tinha mais porque eu não me render. Era muito amor. E isso que eu ainda resisti por meses! E paulatinamente, fui primeiro adotando as instruções que Ele me dava em certas áreas da minha vida, e depois me rendendo, cedendo, até entender que só Deus podia dizer qual era o melhor pra mim naquilo tudo. Fui aprendendo a confiar e a entregar áreas específicas da minha vida inteiras pra Ele. Até entender que nem eu mesma podia cuidar tão bem de mim quanto aquele que me criou. Entendi que me pareço cada dia mais com Ele por causa disso, e eu amo. 
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Confesso que me senti desafiada quando Deus pediu isso de mim. Aquele tanto já não estava bom?! Conferi que todas as áreas que eu havia posto aos cuidados de Deus estavam melhores do que jamais estiveram nas minhas próprias mãos, e me joguei.
Abriu-se então um novo leque de probabilidades, possibilidades e tratamentos, e foi um tempo maravilhoso. Eu tomei a decisão de não me envolver mais de forma física, apenas quando Deus me mostrasse que já era hora.
Só me esqueci de um detalhe: não me envolver EMOCIONALMENTE. Rá!
Que va-ci-lo!
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O que se seguiu foi: eu criava amizades com garotos, me envolvia com eles, me enrolava toda, e daí quando não tinha mais jeito, a amizade já tinha passado de todos os limites da amizade possíveis... eu dava o fora espetacularmente! Que plano brilhante.
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Eu tive que ENTENDER nesse processo que Deus também queria suprir a minha carência emocional, e não só a física. Elas caminham muito juntas pra eu cuidar de uma, e Deus da outra. Hoje faz bem mais sentido; mas eu deixava pra trás alguém com sentimentos por mim, ferido e esperançoso; perdia uma boa amizade - porque depois de esculhambar tudo, no fim das contas, o único jeito era se afastando mesmo; e voltar pra Deus com o rabinho entre as pernas, com aquele sentimento de “É... Você bem que tentou me avisar... eu é que não entendi direito... ou não quis entender...”
Foi quando eu completei um ano e meio de conversão que eu me deparei com o termo “DEFRAUDAÇÃO” pela primeira vez.
Segundo o dicionário:
1-    ”privar dolosamente de”;
2-    “contrariar, iludindo”
Segundo alguns bons amigos, quer dizer: “oferecer algo que você não tem condições de dar”; ou melhor: deixar alguém só na vontade. Confesso que depois disso, ainda defraudei alguns garotos pelo caminho, até entender oquanto eu privava Deus de ter acesso total ao meu coração e às minhas emoções com isso , e de me guiar nessa área; entender que eu entregava a responsa de suprir as minhas necessidades a pessoas totalmente desqualificadas por Deus para isso, e na hora do vamo vê dava o fora; (o único qualificado no momento era Ele, o próprio Deus, e continua sendo); e entendi na prática que isso estava bloqueando a minha comunhão diária com o meu Deus (se isso parece egoísmo, imagina defraudar os outros então!).
Ou seja, depois de ENTENDER; eu tive que ESCOLHER.
“E não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da vossa mente, para que sejam capazes de experimentar  e comprovar a boa, perfeita, e agradável vontade de Deus” – Romanos 12:2
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“Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno...” – Deuteronômio 11:26 ao 28
E fui vendo também como falta pra nós, crentes, esse entendimento. Uma galera escolhe “esperar em Deus”, mas como eu, não se liga em todas as implicações que isso traz. Entregar tudo é entregar tudo mesmo! É confiar que Deus vai suprir, na íntegra.
 Antes eu achava que um Deus que não era tão “físico” quanto eu pensava - ou podia ver - não poderia suprir minhas carências físicas, mas eu me enganei. À medida que eu fui cedendo esse espaço para Ele, esse espaço foi sendo preenchido totalmente, e foram saindo, não só a carência física, como a emocional, a ansiedade, ou o medo de ficar sozinha ou de ser sacaneada por Deus (e depois que eu passar uma vida inteira de solidão, pelos caprichos de um deus tirano; morrer, ir pro céu e ele me dizer: “brincadeirinhaaaa!”)
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Já certo tempo depois que eu comecei a entender e a pôr em prática tudo isso, comecei a viver um novo tempo com Deus. Acordei certa manhã e entendi que Deus estava falando muito claro comigo o seguinte: 
“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que alguém semear, isso também colherá.” – Gálatas:6:7
E em seguida, a voz do meu Deus falou muito claro comigo assim:
“O que você semear nas suas amizades com homens, colherá num futuro relacionamento”.
Caramba! Foi um baque e tanto. Comecei a rever como eu estava vivendo essas amizades, e me arrepender; a pedir perdão a Deus, entendendo que eu ainda precisava mudar muitas coisas, e urgente.
Olhando assim, Deus parece um grande tirano, arrogante e mandão, não parece? Que fica só olhando as coisas lá de cima e dando ordens, pronto pra mandar um raio e explodir quem não faz o que ele mandar. Tem gente que vê mesmo Deus desta forma; eu discordo. Um dia eu achei isso também. Deus, porém, escolheu se revelar pra mim como Ele realmente é, e eu pude reconhecer que Ele não era nada do que eu pensava. Em vez de eu ficar formulando opiniões pessoais sobre Ele, Ele mesmo se apresentou pra mim. Como alguém que a gente fica olhando de longe numa festa, achando que tem a maior cara de pessoa nojenta, até que esse alguém venha e se apresente, e você fique de cara com o quanto se enganou com aquela opinião pré-formada. Jogue ela fora! Foi a melhor experiência da minha vida. Transcendental, eu diria.
Fui aprendendo que cada dia Deus tinha uma coisa nova pra me ensinar, uma coisinha mínima que fosse, mas que todo santo dia Ele tinha um momento especial separado pra passar comigo. Deus me conquistou pouco a pouco, a ponto de eu não quer mais viver sem Ele. Grande amigo, um Pai maravilhoso! Entendi também que se Deus diz “não”, é pro meu bem. Se Ele diz “faça assim”, idem; e se diz “não faça mais”, também. E que eu posso escolher não fazer como Ele me instrui ou me ensina. A liberdade de escolha foi um presente de Pai pra cada um de nós. Entendi que Deus sempre tem razão, e não é nenhum pouco arrogante quanto a isso, pelo contrário, sempre faz questão de me ensinar o que eu ainda não sei, e reforçar os pontos onde eu ainda estou meio capenga. Uma vez,dez, cem, sempre com amor.
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Por isso, quando Deus me acordou nesta certa manhã descrita, com aquelas palavras, eu entendi bem que Ele falava sério. Era para o meu próprio bem. Caminhar com Deus é um exercício diário, e a certeza de infinitas experiências fantásticas em boa companhia. Eu tenho vivido isso há pouco mais de quatro anos, quando Ele se apresentou para mim, e continuo achando um máximo. Conheço pessoas que vivem isso há 20, 30 anos, e continuam tão empolgadas quanto eu era mais no começo, e são um incentivo para mim. Também conheço pessoas que dizem que o conhecem há tempos, mas realmente não demonstram conhecer nem um pouquinho. Tô vendo que quanto mais perto d’Ele você está, mais parecido e amoroso fica, cada vez mais, e isso me fascina, viver essa transformação.
Em matéria de relacionamentos homem/mulher, essa não é exatamente uma estória de final feliz. Bom, não deixa de ser. Faz pouco menos de um ano que rolou essa manhã descrita; e eu continuo me aperfeiçoando em obedecer, ouvir e servir o Deus a quem eu gostaria de dizer que escolhi servir, mas hoje entendo que foi Ele quem me escolheu.
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Já em matéria de relacionamento criatura/Criador, eu diria que estou bem; ou melhor: em processo continuo.
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“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” – Mateus 6:33
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“Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor.” – Miquéias 7:18
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“Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração.” – Salmos 37:4   "


Vanessa Machado


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